28 de novembro de 2008

Não quero nada do acaso, senão a brisa na face

Tecnica mista sobre tela - 60x150 cm - ano 2001


Aqui na orla da praia, mudo e contente do mar,
Sem nada já que me atraia, nem nada que desejar,
FaE nunca terei agonia, pois dormirei de seguida.
rei um sonho, terei meu dia, fecharei a vida,

A vida é como uma sombra que passa por sobre um rio
Ou como um passo na alfombra de um quarto que jaz vazio;
O amor é um sono que chega para o pouco ser que se é;
A glória concede e nega; não tem verdades a fé.

Por isso na orla morena da praia calada e só,
Tenho a alma feita pequena, livre de mágoa e de dó;
Sonho sem quase já ser, perco sem nunca ter tido
E comecei a morrer muito antes de ter vivido.

Dêem-me, onde aqui jazo, só uma brisa que passe,
Não quero nada do acaso, senão a brisa na face;
Dêem-me um vago amor de quanto nunca terei
Não quero gozo nem dor, não quero vida nem lei.

Só, no silêncio cercado pelo som brusco do mar,
Quero dormir sossegado, sem nada que desejar,
Quero dormir na distância de um ser que nunca foi seu,
Tocado do ar sem fragrância da brisa de qualquer céu.

Fernando Pessoa
anA marques, artista plastica, poesia, poesia pintada, dor, sofrimento,poeta maior

18 de novembro de 2008

Quadro Negro

Técnica mista sobre madeira - 80x100 cm - ano 2007




Estou desapontada.
Como foi possível
ter escolhido
um caminho assim?

Como foi possível
não ter ninguém
para me iluminar?

Já faz tempos,
que as carícias que tenho
são as frescas
e saborosas
lágrimas
pelo rosto a rolar.

Umas morrem
pelo caminho.
Outras,
as mais robustas ,
desmaiam nos seios

Como foi possível
eu acreditar
eu aceitar
eu ajudar
eu desculpar
eu desejar
eu amar

Como vai ser possível
continuar?


11 de novembro de 2008

O Amor Pulou o Muro


Acrilico sobre tela-80x60 cm


Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes sara amanhã.
às vezes não sara nunca.


o amor pulou o muro sempre e ao longo dos anos destruindo tudo e todos.

3 de novembro de 2008

Semeei lágrimas


Aguarela sobre papel canson- 30x20 cm Julho 2008


Semeei lágrimas pelas ruas
da minha cidade.
Por cada semente
renascia a esperança
por um futuro sorriso

Passaram os anos
e eu continuei.
Semeei .semeei,
semeei lágrimas pelas ruas
da minha cidade.

Não semeies!.... de nada vale!
Diziam-me:.
terra minada, infértil
nada vinga.

As tempestades sucediam-se
as sementes apodreciam,
mas eu não desistia
de descobrir porque
os meus sorrisos não nasciam.

Há amigos, que afinal o não são.
Vinham por trás e
pulverizavam com a perversidade,
espetavam muita maldade
e só os deles floresciam
e os meus sorrisos morriam.

Para grandes pragas
grandes curas
mudar de terra, afagar ,adubar
regar, mas
Nunca desistir de semear.

26 de outubro de 2008

Morrer de Amor / Viver de Amor


Tecnica mista sobre tela 116x80 cm -ano 2003/8


Morrer de amor
ao pé da tua boca

Desfalecer
à pele
do sorriso

Sufocar
de prazer
com o teu corpo

Trocar tudo por ti
se for preciso

....................Maria Teresa Horta
Vivo o amor
ao pé da tua boca

Vivo
à pele do
sorriso

revivi
o prazer
no teu corpo

trocar tudo por ti
não será preciso.
....................................... (adaptação )

corpos e anti corpos,anA marques ,pintura a oleo com lapis de pastel

22 de outubro de 2008

Contentamento



Fiquei muito contente por ter tomado conhecimento e ver o meu trabalho reconhecido no Brasil, país onde foi feito este texto sobre Camilo Pessanha, pelo Doutor Adelto Gonçalves,ilustrado com este meu trabalho.

Ver texto

Alento para continuar é fundamental.

Estou tão contente!!!

Os meu agradecimentos vão também para o Fausto Giudice editor do site Tlaxcala.


11 de outubro de 2008

Ontem Sonhei com o Futuro

Ontem fui ver o Fernando Tordo ao Coliseu dos Recreios.

É um dos meu artistas preferidos , sinto por ele um carinho muito grande .Recordo quando me foi apresentado no restaurante Fernando em Albufeira , pelo meu irmão .Ele não me conhece obviamente, mas eu conheço-o muito bem.

Fiquei contente , está um homem renovado. Parabéns Fernando. Perdeu 20kg em 6 meses. Parabéns também pela medalha de mérito da cidade de Lisboa atribuida pelo Presidente António Costa. Parabéns pelo espectáculo. Parabens pelo neto.


Tecnica mista sobre mdf 40x100cm -Out.2008

Ontem Sonhei com o Futuro"

Palavras ditas lentamente
oiço-as cantadas entre a gente
quero andar
quero correr
escrever vontades de cantar e de dizer
mas não consigo só o pensar é puro
ontem sonhei com o futuro


tantos desejos calmamente
são segredos entre a gente
quero falar
compreender
dizer palavras de cantar e de escrever
mas não consigo só o sonhar é puro
ontem sonhei com o futuro


ontem sonhei com o futuro
ontem sonhei com o futuro


passo a barreira
eu salto o muro
ontem sonhei com o futuro
passam os dias fascinantes
eles são em sonho o que eram dantes
quero olhar
eu quero ver
cantar palavras de falar e entender
mas não consigo só o pensar é puro
ontem sonhei com o futuro.


mato fantasmas circulantes
se fosse Deus era Cervantes
quero acordar
quero viver
saber de tudo sem ter tempo para aprender
mas não consigo, sonhar é mais seguro:
ontem sonhei com o futuro

Fernando Tordo

7 de outubro de 2008

E por vezes

Técnica mista sobre tela -116x80 cm- Ano 2003


E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
.
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes, por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.
David Mourão-Ferreira

7 de setembro de 2008

Azul, Preto e Branco

Acrilico sobre tela -Diptico 80x120 cm.


O azul-de-ultramar: a cor mais cara de todos os tempos
A cor mais cara de todos os tempos foi o azul-de ultrama ou azul ultramarino.
Ainda se poduz um autêntico azul-ultramarino para os amantes das cores históricas, e o de máxima qualidade custa 15.200 euros quilo (fonte -nota 10).
O ultramarino, o azul luminoso dos pintores, era conhecido desde a Antiguidade. Para produzir esta cor utilizava-se como pigmento uma pedra semipreciosa: o lapis-lazúli. Trata-se de uma pedra de azul profundo, sem tranparências, com filões brancos e nós dourados. Antigamente acreditava-se que estes nós dourados eram de ouro pois o lápis-lazúli encontrava-se em jazidas de ouro e prata, mas o que brilha como o ouro não é nada mais que pirite, um mineral sulforoso.
«Ultramarino» quer dizer, «do outro lado do mar», era precisamente do outro lado do mar que vinha o lápis-lazúli: do mais além do Oceano Índico , do mar Cáspio e do mar Negro.
(...)
A Psicologia das cores
Eva Heller
Quadro para expor na Mixsoul -Exposição 'O Azul'

18 de julho de 2008

Sexo na cidade





Violeta - cor da sexualidade pecaminosa
O mais belo de todos os pecados é, para muitos o sexo. O vermelho só acompanhado de violeta ganha um sentido inequivocamente sexual. O vermelho, o violeta, o preto eo cor de rosa, colocados na ordem que se queira, formam a combinação de -->a imoralidade --> o sedutor --> a sexualidade. No violeta há mais sexo do que no vermelho, o que constitui o aspecto misterioso do violeta.
Óscar Wild referiu-se ao sexo proibido como «as horas violetas no tempo cinzento. E o poeta Keats fantasiou sobre o « palácio dos doces pecados, alcatifado de violeta»nos Estados Unidos prepara-se um cocktail tão famoso com temido, cujo nome é purple passion, e que pelo seu elevado conteúdo de álcool convida ao sexo desinibido.
Texto de Eva Heller- A Psicologia das Cores
.
.
(será isto que inspirou a moda e para quase todo o lado que nos viramos vimos montras e gente vestida com a cor violeta).
Gosto desta cor tenho alguns trabalhos em que uso esta cor , mas não lhe dava este significado.
Que pensar? O ser humano é muito complicado!!!
anA marques, anapintura, trauma?

12 de julho de 2008

A explicação é só uma ...

Já consegui reparar o meu P C de estimação
Estou de volta até ver.
Lisboa 18-07-2008
anA
Falta de equipamento impossibilita-me de continuar com a regularidade que eu gostaria.
Voltarei logo que seja, técnica e humanamente possível.
.............................anA

11 de julho de 2008

Exposição na Galeria Hibiscos


...................................

Esta fotografia foi "roubada "do http://utopia-npaf.blogspot.com/


O Nucleo Português de Arte Fantástica fez a sua apresentação na Galeria Hibiscos - Rua Latino Coelho 63-A. Lisboa

Estão trabalhos expostos de David Cara-Nova; Firmo Silva , Victor Lages, Hugo Lúcio , Luis Fernandes e anA .


O meu trabalho tem o tema ....se o homem engravidasse... assunto que comecei a trabalhar no ano 2000.

Passem por lá ... talvez gostem.

4 de julho de 2008

Utopia - Exposição

História da Arte Fantástica
A Arte Fantástica é do meu ponto de vista a Grande Arte, porque sem dúvida ela tem existido desde o princípio da humanidade até aos dias de hoje e de certeza que se perpetuará no futuro.
A Grande Arte ou Arte Fantástica caracteriza-se pela transformação do real em imaginário e tem sempre uma conotação figurativa, além de transmitir diversas abordagens que podem ir do sonho ao sobrenatural, das premonições às visões de um mundo diferente, passando por expressões de crises sociais, além do cómico, do mítico, do erótico ou do horror.
Mais ainda, a Grande Arte tem ao longo da história da humanidade através do simbolismo, contado e interpretado, os mais importantes contos e lendas, bem como tem estado sempre presente em todas as culturas e religiões de todos os povos.Na chamada pré-história, ela é a mais significativa forma de expressão artística.
Se analisarmos os objectos mais antigos e artísticos que conhecemos, verificamos que se trata de Arte Fantástica, disso é o exemplo da escultura conhecida como “Vénus de Willendorf” que se estima ter 25.000 A.C., é uma peça em calcário que mede 11 cm de altura e que se encontra no Naturhistorisches Museum em Viena, Áustria. Esta peça mostra uma figura feminina de formas exageradas querendo de certo, simbolizar fertilidade.
O que a caracteriza de Arte Fantástica é o facto de ter a idade que tem e de não ser anatomicamente realista, sem que no entanto o deixe de ser.

Ler mais em NAF
Apresentação à Comunicação Social a 7 de Julho de 2008
anA marques
Participo nesta mostra de Arte Fantástica com os meus trabalhos com o tema "Gravidez Masculina " trabalho de fim de curso de 2000/1

24 de junho de 2008

Corpos e mais corpos

Titulo Ombros - Acrilico sobre tela (fragmento)

O projecto "Corpos e anti-corpos" tem como principal objectivo, a abordagem do corpo em todas as suas vertentes.
Somos um grupo de 3 elementos que decidimos trabalhar exaustivamente, O Corpo.
Já iniciámos …e não temos data para terminar .O corpo humano foi o eleito.O caminho vai ser longo, e desconhecemos como, e com quem vai acabar.

Eu já posso mostrar este bocadinho.
ana marques, artista plástica, fragmentos do corpo,trabalho para apresentar na bienal 2008, somos alunos da Sociedade Nacional de Belas artes

16 de junho de 2008

Fecho éclair

.................................................

A ideia do fecho éclair nasceu em 1891. O inventor norte-americano Whitcomb Judson, cansado de amarrar os cordões dos sapatos e das frequentes queixas da mulher pela cansativa tarefa de amarrar os cordões dos espartilhos, inventou um engenhoso sistema de ganchos e colchetes com uma engenhoca deslizante para fechar e abrir. Apresentou o seu invento na Exposição Mundial de Chicago em 1893. Mas o sistema não funcionava bem e não teve qualquer êxito. Apenas vendeu 20 "hookless fastener", como lhe chamou, aos Serviços Postais Americanos para fechar as malas da correspondência.Gideon Sundbäck, uma engenheira sueca radicada nos Estados Unidos, em 1912 substituiu os ganchos e colchetes por grampos que encaixavam uns nos outros e aperfeiçoou o sistema de abrir e fechar. Produziu assim o "Hookless #2". No mesmo ano, um sistema semelhante foi patenteado na Europa por Catharina Kuhn-Moos. Sundbäck patenteou a sua invenção nos Estados Unidos em 29 de Abril de 1913.Em 1917, a Marinha americana equipou os fatos dos aviadores com "slide fasteners". Contudo, a maioria das pessoas não percebia bem qual a utilidade de semelhante fecho. Ninguém os queria.Só em 1923 a Companhia B.F. Goodrich Company encomendou 150'000 "slide fasteners" para colocar em polainas, então em uso. Em 1926 mudou-lhe o nome para "zipper". Só a partir dos anos 30 é que o uso dos "zipper", o nosso "fecho éclair", se generalizou em roupas de homem e mulher.

Poema do fecho eclair
Filipe II tinha um colar de oiro
tinha um colar de oiro com pedras
rubis.
Cingia a cintura com cinto de coiro,
com fivela de oiro,
olho de perdiz.

Comia num prato
de prata lavrada
girafa trufada,
rissóis de serpente.
O copo era um gomo
que em flor desabrocha,
de cristal de rocha
do mais transparente.

Andava nas salas
forradas de Arrás,
com panos por cima,
pela frente e por trás.
Tapetes flamengos,
combates de galos,
alões e podengos,
falcões e cavalos.

Dormia na cama
de prata maciça
com dossel de lhama
de franja roliça.
Na mesa do canto
vermelho damasco
a tíbia de um santo
guardada num frasco.

Foi dono da terra,
foi senhor do mundo,
nada lhe faltava,
Filipe Segundo.

Tinha oiro e prata,
pedras nunca vistas,
safira, topázios,
rubis, ametistas.

Tinha tudo, tudo
sem peso nem conta,
bragas de veludo,
peliças de lontra.

Um homem tão grande
tem tudo o que quer.

O que ele não tinha
era um fecho éclair.
................................................................António Gedeão
anA marques. artista plástica com várias exposições de pintura a acrilico e oleo,colagem,etc

23 de maio de 2008

140º Aniversário de Camilo Pessanha

CONVITE
Venham, divulguem, celebremos Camilo Pessanha.

Mentor Dr. Pedro Barreiros - Presidente da Direcção da Associação Wenceslau de Moraes.
Apoio do Museu das Comunicações -Lisboa
A Exposição inclui peças originais manuscritas por Camilo Pessanha, 1ª Edição de Clepsidra, 1ª edição das Elegias Chinesas e outros objectos do poeta assim como cartas de e para Ana de Castro Osório.

Pinturas de Pedro Barreiros ,Cruzeiro Seixas, anA , Carlos Marreiros, Nuno Barreto, Victor Hugo Marreiros, António Andrade, Armando Boaventura, Leal da Cãmara, Luis Manuel Gaspar, Rui Campos Matos, Tiago Manuel, Vasco, Victor Belem.


Homenagem a Camilo Pessanha exposição, Dialogo entre os Mundos, com apoio do Museu das Comunicações. anA, anA marques, pintora, artista plastica, poema, interrogação. Associação Wenceslau de Moraes convida anA marques a expor os seus trabalhos sobre Camilo Pessanha

15 de maio de 2008

Vulcão

Acrilico sobre tela - 100x80 cm - Ano 1998
A Ti
Deixa amar-te
Que o meu coração desespera.
Deixa-me tocar-te
Que o desejo sufoca-me.
Deixa-me beijar-te que o tempo
Escasseia.
Deixa-me olhar-te
Que os meus olhos reclamam.
LGA
Exposiçao no Espaço Sta Catarina -anA , com apoio da Jokerart Gallery
Associação Venceslau Moraes no Museu das Comunicações Exposição da anA.

7 de maio de 2008

Colagem

colagem - 80x60 cm - ano 2008
COLAGEM
Técnica das artes visuais e plásticas que permite produzir uma obra de arte recorrendo a vários materiais, geralmente dissemelhantes entre si, reagrupando-os num todo para comunicar um novo sentido. Picasso e Braque foram os primeiros cultores plásticos da colagem, inaugurando uma nova estética da fragmentaridade e da surpresa, explorando todas as possibilidades do cubismo. O material de suporte da colagem, que não se restringe já às artes visuais e plásticas, chegando à literatura, pode incluir: recortes de jornais e revistas, etiquetas, rótulos, bilhetes de espectáculos, receitas várias, etc. Trata-se, pois, de um conceito que necessita da citação e do pastiche. Trata-se, em primeiro lugar, de um acto de reapropriação de elementos preexistentes, mas que, isolados entre si, não formam um sentido. O artista procede à colagem não para recuperar um sentido perdido ou oculto, mas, muitas vezes, para parodiar sentidos esperados ou convencionais. A criação de uma colagem raramente tem como objectivo a restauração ou remediação de um sentido: visa antes a desintegração, a ruptura e o choque visual com os sentidos reconhecidos nos elementos colados.
Embora o recurso a alusões possa ser considerado uma forma de colagem, tão antiga quanto a própria literatura, esta técnica desenvolveu-se em particular no século XX, a partir das experiências cubistas, futuristas, dadaístas, surrealistas, e de todas as formas experimentais de arte, incluindo a literatura. Alguns textos exemplares da literatura modernista exploraram esta possibilidade criativa, por exemplo, Ulisses, de James Joyce, The Waste Land, de T. S. Eliot ou Cantos, de Ezara Pound; Apollinaire e Saint-John Perse recriaram-se com colagens dos seus próprios textos; Robert Francis também nos deu um bom exemplo de colagem literária no seu “Silent Poem”, onde agrupa palavras com forte sonoridade e grande impacte visual. Na literatura portuguesa, podemos ilustrar a técnica da colagem com o poema de Almada Negreiros «Mima-Fatáxa - Sinfonia Cosmopolita e Apologia do Triângulo Feminino». Trata-se de um texto declaradamente futurista, apoiado por um grafismo de vanguarda e que, provocadoramente, escolhe para tema os amores homossexuais de uma bailarina que Almada conhecera em Paris e cujo nome é uma colagem de estrelas parisienses:


Texto de Carlos Ceia
anA , anA marques , blog anA marques

24 de abril de 2008

Canto IV - Lusiadas

Pintura a óleo sobre tela - 90x160 cm - Ano 2002



Canto IV (e-89)

Em tão longo caminho e duvidoso
Por perdidos as gentes nos julgavam,
As mulheres c'um choro piedoso,
Os homens com suspiros que arrancavam.
Mães, esposas, irmãs, que o temeroso
Amor mais desconfia, acrescentavam
A desesperação e frio medo
De já não nos tornar a ver tão cedo.
Luis de Camões

13 de abril de 2008

Nu Masculino

pastel seco sobre papel craft - 20 x14 cm- ano 2002

A nudez sempre foi muito apreciada na Arte. É provável que tal facto fique a dever-se mais ao seu cariz sexual, eco distante da nossa natureza animal, do que a questões estéticas - a beleza. No entanto é inegável que as representações de nus proliferam na Pintura, na Escultura ou na Fotografia. Será que o corpo humano é intrinsecamente belo ou todos nós - artistas incluídos - somos voyeurs compulsivos?

A questão é complexa e foi já por várias vezes aqui abordada. A linha que demarca a arte erótica da pornografia é ténue e a nossa predisposição genética para achar belo o género que nos atrai sexualmente - homem ou mulher - acaba por nos toldar ainda mais o raciocínio e o sentimento. Não sabemos se o que realmente gostamos é da composição, da forma, da cor, do ritmo, do contraste, ou do(s) modelo(s) propriamente dito(s). As nossas reacções são então simultaneamente curiosas e reveladoras.
Quase sempre o senso comum tem uma de duas atitudes perante a representação do corpo humano nu: ou o condena, apodando-o de indecente, ou lhe confere o estatuto de Arte. Esta segunda posição é a que nos interessa; apenas na aparência é mais culta e com frequência mascara ignorância e o receio de a mostrar perante os outros.
As primeiras representações de nus com uma finalidade estética surgiram na Grécia Antiga. É preciso relembrar a grande proximidade, para não dizer coincidência, entre aquilo a que então se chamava Arte e a Religião. A Mitologia grega era composta por figuras antropomórficas, seres perfeitos que o Homem tentava igualar. Esta busca pela perfeição levou à instituição de um verdadeiro culto do corpo de proporções ideais que as esculturas de Fídias, Praxíteles e outros artistas plasmaram no mármore e no bronze. Nunca, desde então, se assistiu a outra representação de um nu com estes propósitos tão "puros" - Arte verdadeira.
Não obstante o nu continuou a preencher uma quota importante das temáticas utilizadas pelos pintores, escultores e, mais recentemente, pelos fotógrafos com todas as implicações trazidas pelo realismo próprio da fotografia. A uns interessa-lhes o jogo formal proporcionado pelas linhas ondulantes dos corpos; a outros o significado.
Porém há uma dimensão da obra de arte que se reveste de um carácter sensual na acepção original do termo, ou seja, a percepção e estimulação dos sentidos. Não há artista que se preze que não deseje fazer vibrar o seu público. E que melhor meio para isso, então, do que o corpo humano nu? Os artistas sabem-no bem, como sabem também que a Arte deve ter sexo... e nexo.

ver mais em: http://blog.uncovering.org/archives/2008/01/porque_ha_tanto.html
--------------------
Será?????????????????????????
anA marques. anA

9 de abril de 2008

Liberdade Onde Estás?

Lumocolor sobre tela - 22x15 cm - ano 2004

Liberdade onde estás


Liberdade onde estás? Quem te demora?
Quem faz que o teu influxo em nós não caia
Porque (triste de mim!), porque não raia
Já na esfera de Lísia a tua aurora?

Da santa redenção é vinda a Hora
A esta parte do mundo, que desmaia.
Oh!,venha... Oh!, venha e trémulo descaia
Despotismo feroz, que nos devora!

Eia! Acode ao mortal que, frio e mudo,
Oculta o pátrio amor, torce a vontade,
E em fingir, por temor, empenha estudo.

Movam nossos grilhões tua piedade;
Nosso númen tu és, e glória ,e tudo,
Mãe do génio e prazer, ó Liberdade!

..........................................................Bocage


Esta postagem foi a pensar na Anna Tree do arvore de letras ,que ontem sugeria o meu post sobre a Ericeira. Obrigada Anna.

arvore de letras, anna tree , anA marques, artes plasticas

3 de abril de 2008

Ericeira

Acrilico sobre tela - 18x22 cm - Abril 2008


É o chamamento da natureza.
Sol... Ar... Mar...


(Regresso prometido na próxima semana)

26 de março de 2008

Nascemos Para Amar

acrilico sobre tela - 30x12cm - ano 2003

Evitei o quanto pude, mas não posso mais. Preciso falar sobre o amor. Só agora me sinto confortável para poder escrever sobre esse assunto. Não tenho mais noção de nada, ridiculamente fora do alcance de qualquer aviso. Já não me importa a opinião alheia, quem quiser que me condene por ser feliz. Não a felicidade previsível e segura que não conta com riscos, quero a minha sentença baseada na felicidade irresponsável, inacreditável, além do entendimento. Amar e ser o melhor que jamais se sonhou. Ser feliz e fazer feliz, estar tão irremediavelmente bem, que ninguém necessita perguntar para saber. Tornar a minha companhia, insuportavelmente agradável e alegre, me desculpe quem por algum motivo obscuro se incomodar com isso. Há como escrever sobre o amor sem ser brega, mas não há como estar amando e escrever sobre o amor sem se arriscar a parecer absurdo, exagerado. É como diz Fernando Pessoa em seu poema...
.Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
.Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
.As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
.Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
.Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
.A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
.(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.).
Álvaro de Campos, 21-10-1935
.
.O amor, o impossível e inverossímil, tem que tornar o casal melhor, fazê-lo perder o medo, a vergonha, ser superlativo e retumbante, ecoar e ricochetar em cada fato e instante. Quebrar todas as amarras, certezas, verdades absolutas, doer quando machucar e fazer até a alma gozar quando amar. Cristalizar sonhos, materializar ilusões, percorrer imensidões, duvidar do limite. Cantar e dançar alucinado no dia e na noite. Acordado ou dormindo. Oferecer liberdade. Só com a poesia ou com a loucura é possível traduzir o amor, eu estou munido de ambos. E amando.

Roubei este texto ao E-Agora-Jose.blogspot.com

Nós cá temos um provébio que diz: " Não há bem que sempre dure, nem mal nunca acabe".

16 de março de 2008

Eu só queria ter

Acrilico sobre tela - 50x80cm - Ano 2008


Só queria ter
Um céu sempre azul
E à noite estrelas a brilhar,
E saber o homem livre
Como o sopro do vento.

Só queria ter pão,
Uma casa simples
Com àrvores em redor
E aves a cantar,
E claro o meu amor
Para beijar.


José Infante

28 de fevereiro de 2008

E é amar-te assim....

Tecnica mista sobre tela - 100cmx120cm - ano 2002

SER POETA
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhas de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dize-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca (1894-1930)
dia mundial poesia 21 março poesia pintada

23 de fevereiro de 2008

Voa mais largo

Técnica mista - 35cmx30cm - Ano 2007

Latitude

Que nos cubram de ameaças e de espanto
que nos cortem as asas mas o canto
voa muito mais largo do que as penas.

Luis Veiga Leitão
Poema Latitude deu titulo ao 1º livro de Luis Veiga Leitão publicado em 1950
Dia mundial da poesia 21 março 2008 comemorações

16 de fevereiro de 2008

Momentos (II)

Tinta da china e acrílico sobre tela .. 15cmx20cm .. Fev.2008

Lago Azul .. Ferreira do Zêzere




Curso Fernando Pessoa

.. .......
Tecnica mista sobre tela - ano 2005 ....................Óleo e grafite sobre tela - ano 2001
MATOSFERREIRA
GALERIA DE ARTE

BAIRRO ALTO - Rua Luz Soriano, 18 / 1200 - 247 LISBOA * Tlf: 213 230 011 Tlm: 962 953 722
http://www.galeriamatosferreira.com/ - mfgaleria@netcabo.pt

Curso sobre FERNANDO PESSOA
Por PAULO BORGES, RENATO EPIFÂNIO e DUARTE BRAGA

25 de Março a 20 de Maio / 2009

A GALERIA MATOS FERREIRA vai promover em parceria com a ASSOCIAÇÃO AGOSTINHO DA SILVA um interessante Curso sobre FERNANDO PESSOA.

OBJECTIVO
O curso partirá de uma abordagem plural e interdisciplinar, filosófica e literária, a alguns aspectos da obra de Fernando Pessoa. Dividir-se-á em três blocos temáticos, leccionados pelos seguintes professores: Paulo Borges, Renato Epifânio e Duarte Braga. Dois dos módulos serão constituídos por três sessões (sendo o segundo módulo constituído apenas por 2), mais o recital de CARMEN FILOMENA, nove ao todo.
PROGRAMA
MÓDULO I - Ilusão e Libertação, por Paulo Borges (25 Março, 1 e 8 Abril):
· Pré-existência e saudade na poesia inglesa;
· O vazio do sujeito e o jogo onírico/i-lusório do mundo (poesia ortónima e Bernardo Soares);
· O “Tratado da Negação” e “O Caminho da Serpente” (Raphael Baldaya).

MÓDULO II - Pessoa, o filósofo do outro, por Renato Epifânio (15, 22 Abril):
· Pessoa, o filósofo do "outro" do pensar;
· Pessoa, o filósofo do "outro" de todo o ser;
· Pessoa, o filósofo do "outro" de si próprio;
· Pessoa, o filósofo do "outro" de nós mesmos.

RECITAL DE POESIA DE FERNANDO PESSOA, por CARMEN (29 Abril).

MÓDULO III – Projecto poético e heteronímia, Duarte Braga (6, 13 e 20 Maio):
· A questão da Nova Poesia Portuguesa, a profecia do supra-Camões/supra-Portugal e as Índias Espirituais;
· Alberto Caeiro: ignorância e revelação; o poema VIII de Guardador de Rebanhos e a leitura agostiniana;
· Álvaro de Campos e o sensacionismo.

HORÁRIO, INSCRIÇÕES E PREÇO

As aulas serão realizadas em período pós-laboral às quartas-feiras, de 25 de Março a 20 de Maio, inclusivé, ou seja nos dias 25 de Março, 1, 8, 15, 22 e 29 de Abril, e ainda nos dias 6, 13, 20 de Maio, das 19h00 às 20h30.
O Curso tem um limite máximo de 20 (vinte) participantes. O seu custo é de EUR 90,00 (noventa euros), podendo ser pago em duas prestações de EUR 45,00 (quarenta e cinco euros) cada. A primeira prestação deve ser paga a 25 de Março e a segunda com cheque pré-datado para 29 de Abril. Inclui material de apoio.
Os interessados podem-se inscrever através do Tel 21 323 00 11, do Tlm 96 295 37 22, do Email: mfgaleria@netcabo.pt. Em qualquer das opções deverão indicar sempre o número de telemóvel para eventual contacto.

PERFIL DOS INTERVENIENTES

PAULO BORGES é professor de Filosofia na universidade de Lisboa e tem uma vasta obra publicada nos domínios da poesia, ficção, teatro e ensaio filosófico. Autor da tradução de livros budistas e coordenador das obras reunidas de Agostinho da Silva, é também sócio fundador e membro da direcção do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, co-director da revista Nova Águia e presidente da União Budista Portuguesa, da Associação Agostinho da Silva e do MIL - Movimento Internacional Lusófono.

RENATO EPIFÂNIO é Doutor em Filosofia pela FLUL, membro do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira e da direcção da Associação Agostinho da Silva. É autor de várias obras sobre pensamento português e partilha com Paulo Borges e Celeste Natário a direcção da revista Nova Águia. Pertence à comissão coordenadora do MIL.

CARMEN FILOMENA DE ARRIAGA MARTIN CONDE nasceu em Angola, onde em 1965 começou a sua carreira no Teatro Nacional de Luanda com um espectáculo de poesia de Fernando Pessoa teatralizado. Em 1975, veio para Portugal onde se estreou no Teatro Experimental de Lisboa, tendo posteriormente enveredado por uma carreira de artista de variedades, dizendo poesia e cantando fado e música ligeira sempre em itinerância por todo o País. Participou igualmente, nas quadras natalícias em várias revistas infantis, organizadas pelo SIARTE - Sindicato das Artes e Espectáculo.Mudou-se depois, em 1993, para Paris, onde participou em eventos lusófonos, convidada por diversas Embaixadas e comunidades. Quatro anos mais tarde, instalou o De Arriaga Piano Bar na Mouraria que encerrou em 2004. Desde aí participou em filmes, novelas, programas de rádio e de televisão, insistindo sempre em levar a poesia a todos os cantos de Portugal com incidência especial em bares da noite lisboeta.
DUARTE BRAGA é licenciado em Estudos Portugueses pela FLUL - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa .e mestre em Estudos Comparatistas pela mesma Faculdade. Trabalha nas áreas dos Estudos de Cultura e dos Estudos Literários. Tem leccionado em vários locais cursos sobre literatura portuguesa e publicado trabalhos sobre cultura, literatura e pensamento portugueses.
Membro da direcção da Associação Agostinho da Silva e da comissão coordenadora do MIL.

NOTA:

Durante o curso sobre FERNANDO PESSOA estará patente na GALERIA MATOS FERREIRA um quadro em técnica mista intitulado MAR PORTUGUEZ ( 100 x 120 cm - ano 2005 ) e inspirado no poema do mesmo nome do Poeta, da conhecida pintora anA marques

14 de fevereiro de 2008

1º Farol de Dili

Tinta da China sobre cartolina ... 10cmx12cm ... Dili 2005


Este foi o 1º farol de Dili que desenhei, depois seguiram-se mais seis ; entre desenhos, aguarelas e pinturas a acrilico sobre tela .


Achei oportuno voltar a publicar um Farol. O Povo de Timor está a necessitar de uma LUZ que indique o caminho.

timorlorosae, xanana gusmão, ramos horta, alfredo reinado, atentado,golpe ,arte em timor

8 de fevereiro de 2008

Exposição na Galeria Artur Bual

Acrilico sobre tela - 50x50cm - Dezembro 2007


Vista da galeria Artur Bual

Poder comemorar o 10º aniversário de uma associação como a ARCOARTIS na Galeria Artur Bual, dá-nos particular prazer, na medida em que ,uma vez mais, se comprova a vitalidade no campo das artes.

Berço de diversos artistas de renome, a Amadora tem na sua génese uma importante componente associativa, e é com orgulho que verificamos o trabalho diário e persistente de um conjunto de pessoas, que continua a perservar esse espirito.

A ARCOARTIS merece-nos todo o respeito, pelo trabalho que tem vindo a desenvolver em nome da divulgação das artes plásticas, ao mesmo tepo que se assume como um espaço de reflexão e partilha de conhecimentos

Feliz aniversário e desejos de longa vida

Vereador da Cultura

Antonio Moreira

galeria Municipal artur bual camara municipal amadora ,galeria municipal anA marques,

6 de fevereiro de 2008

Momentos ( I )

Canetas de feltro sobre papel - Fevereiro 2008

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Carlos Drummond de Andrade
anA marques, anApintura, momentos felizes, esperança.
Eu e o José Rodolfo partilhamos da mesma opinião que Carlos Drummond de Andrade (?). Obrigada José .... http://e-agora-jose.blogspot.com

3 de fevereiro de 2008

Encosta-te a mim

Momentos - Tecnica mista sobre madeira - Fevereiro 2008
(...)
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
(...)
Jorge Palma

30 de janeiro de 2008

Esta noite acordei com um beijo teu.

Medios secos sobre cartolina - Janeiro 2008
A noite passada acordei com o teu beijo
(...)
e então tu olhaste
depois sorriste
(...)

Sérgio Godinho

25 de janeiro de 2008

Morrer de Amor - Poema de Maria Teresa Horta

Poema manuscrito sobre tela por Maria Teresa Horta
60x100cm - Novembro 2002


Morrer de amor
ao pé da tua boca

Desfalecer
a pele
do sorriso

Sufocar
de prazer
com o teu corpo

Trocar tudo por ti
se for preciso.
............................Maria Teresa Horta
Comemoraçoes dia mundial da poesia com anA e as uas pinturas sobre poesia de lingua portuguesa,escrita feminina, amor anA marques anApintura anA poemas maria teresa horta, pintura sobre tela pintura

23 de janeiro de 2008

Demissão - Poema de José Saramago

Acrilico sobre MDF com alfabeto Braille - 90cm x125cm - ano 2004

Demissão

Este mundo não presta,venha outro.
Já por tempo de mais aqui andamos
A fingir de razões suficientes.
Sejamos cães do cão:sabemos tudo
De morder os mais fracos, se mandamos,
E de lamber as mãos se dependentes.

José Saramago

Dia mundial da Poesia 2008 poemas pintados

17 de janeiro de 2008

(Bis) Farol de Dili

Acrilico sobre tela - 70cmx80cm - ano 2005

Acabei de ler a noticia publicada no Timor Lorosae Nação com data de hoje, 17 Janeiro de 2008, intitulada

-Lá se vai o prémio Sahkarov dos Direitos Humanos-

" Se um farol ajuda muita gente , dois faróis ajudam muito mais".


arte em timor

13 de janeiro de 2008

Farol de Dili

Acrilico sobre tela - 20cmx30cm - Ano 2005

Em 2005 rumei a Dili quase certa que encontraria Felicidade. Nos relatos de pessoas conhecidas, descreviam um povo sorridente e feliz.
De facto encontrei em Timor um povo que sorri, crianças com sorrisos cativantes, mas a felicidade não estava por lá. Quando os sorrisos se desvaneciam, voltava a ansiedade, a tristeza, a insegurança.
Em 2006 deu-se o ‘golpe’ -um grande golpe também para mim- e deixei Timor certa que o sofrimento se instalara. Confirmou-se… ninguém se entende e o sofrimento mantém-se.


Diariamente percorria a marginal, O Farol era uma referência para mim… e não só. Pintei-o.
É urgente um Farol, uma luz ,um guia para os timorenses encontrarem o caminho para a tranquilidade, alegria, segurança, paz….
O povo de Timor merece , todos merecemos.

29/07/2008 uma actualização.

Adendas-15/01/2008 e 21/01/2008

Agradeço a simpatia do António Verissimo do Timor Lorosae Nação por publicar no blog esta postagem

Agradecimentos tambem para O Navegador Solidário por publicar tambem esta postagem no seu blog

anA

arte em timor

10 de janeiro de 2008

Verdade ,Amor, Razão, Merecimento

Tecnica mista sobre madeira , com alfabeto Braille - 80cmx140cm - ano 2004

Verdade, Amor, Razão, Merecimento
Qualquer alma farão segura e forte;
Porém, Fortuna, Caso, Tempo e Sorte
Têm do confuso mundo o regimento.

Efeitos mil revolve o pensamento,
E não sabe a que causa se reporte;
Mas sabe que o que é mais que vida e morte,
Que não o alcança o humano entendimento.
Doutos varões darão razões subidas;
Mas são experiências mais provadas,
E por isso é melhor ter muito visto.
Cousas há i que passam sem ser cridas
E cousas cridas há sem ser passadas...
Mas o melhor de tudo é crer em Cristo.
Luis Vaz de Camões
--------------------------------------
O autor coloca no seu soneto os valores, como personagens, que garantem a elevação da alma, ”Verdade, Amor, Razão , Merecimento”, em oposição aos valores que regem o mundo, “ Fortuna ,Caso, Tempo e Sorte”. Sua intenção é mostrar a essência do contraste entre a visão religiosa que proporciona a vida eterna e a visão materialista que busca os prazeres do mundo, e que mais que o homem pense, não consegue entender.
(…)
Ver mais

Comemorações do dia mundial poesia com pintura de anA sobre a poesia de lingua portuguesa

9 de janeiro de 2008

Mais Vassouras

Acrilico sobre madeira - 100cmx80cm - Ano 1999
(Conceito de verticalidade e rigidez- Ano lectivo 1998/9 -SNBA)

Uma vassoura é um objeto utilizado para a limpeza doméstica. É composta por um cabo de madeira com aproximadamente 1,5m de altura e na extremidade inferior possui uma escova de fibras duras. Em algumas culturas, a vassoura é associada à bruxaria, sendo utilizada como meio de transporte por bruxas. (Ver também Vassoura (Magia)).
História do Design da Vassoura

Vassouras tem sofrido significantes mudanças em sua forma, desde quando eram usados ramos, galhos e fardos de fibras naturais.
Originalmente, todas as vassouras eram redondas, uma forma que é de fácil construção porém ineficiente para a limpeza atual. Vassouras podem ser presas a outros cabos ou alavancas para limpeza de lugares altos e voar para o teto, ou mesmo ter seu tamanho reduzido para limpeza de lugares próximos, atuando como um espanador.
Atualmente as vassouras originadas de fibras naturais estão dando lugar a vassouras com materiais sintéticos, contribuindo para com a preservação da natureza e, principalmente, melhorando sua performance.

6 de janeiro de 2008

Vassouradas

acrilico sobre tela - 80cmx100cm - ano 1999

Em qualquer acto comunicativo há um emissor, um receptor e um meio ou canal que permite que uma mensagem chegue do emissor ao receptor.
Em quase todos os actos comunicativos há um retorno, há sinais que chegam ao emissor e que lhe dão uma noção, mais ou menos aproximada, sobre a forma como a sua mensagem é recebida. O feed-back

Este feed back deixou-me quase tão desconcertada quanto o comentário que enviei para a lixeira.
Depois de toda esta demonstração de solidariedade e companheirismo , que me concertou , agarrei nas minhas vassouras e desatei a fazer uma ‘ limpeza ’ ao meu espaço.
Assim, poderei continuar a receber-vos num espaço limpo... o mais possivel.!

Obrigada e um beijinho grande, a todos os que vieram por bem.



2 de janeiro de 2008

Obrigada a todos os que vierem por bem

Acrilico sobre cartão - 20x11 cm - ano 2008


Imponderáveis ‘’sugerem-me ’’ a fazer uma pausa e a equacionar a continuidade deste espaço que criei com objectivos precisos. Mostrar o que faço aos que se movem nesta área, era o meu único interesse. De 16 de Maio a 31 de Dezembro de 2007 muitos passaram por aqui, mais do que alguma vez imaginei… uns por acaso, outros nem tanto.
Agradeço aos que me convidaram , que aceitaram os meus pedidos; aos que consideraram os trabalhos interessantes , e possibilitaram a sua divulgação nos próprios blogs ( Artantis, eArte, artelista, CyberArtes, sanesocity, Artgallery, Babelearte, …,Timorcartoon, E- agora- José- Navegador Solidário, Despertar Consciências, e muitos outros. Agradeço também aos que se disponibilizaram, deixaram os seus comentários, ensinaram e encorajaram a movimentar-me neste meio: ao João do Timorcartoon, Luís, Nuno, Agry, Fabiano Roberto, José Rodolfo, Ana Prado, Paula,Susana, Mitó, Roberto, SEVEN, António Veríssimo,Danielly, ao Ronaldo administrador do Cyberartes pelo texto publicado.
Como sempre, e quando fazemos as coisas com gosto , só o prazer que sentimos a fazê-las já é uma boa recompensa.

Agradeço a todos os que vieram por bem.
Aos outros também agradeço porque me tornaram mais forte . (Ninguém está livre ou protegido contra a maldade humana...)

anA