A nudez sempre foi muito apreciada na Arte. É provável que tal facto fique a dever-se mais ao seu cariz sexual, eco distante da nossa natureza animal, do que a questões estéticas - a beleza. No entanto é inegável que as representações de nus proliferam na Pintura, na Escultura ou na Fotografia. Será que o corpo humano é intrinsecamente belo ou todos nós - artistas incluídos - somos voyeurs compulsivos?
A questão é complexa e foi já por várias vezes aqui abordada. A linha que demarca a arte erótica da pornografia é ténue e a nossa predisposição genética para achar belo o género que nos atrai sexualmente - homem ou mulher - acaba por nos toldar ainda mais o raciocínio e o sentimento. Não sabemos se o que realmente gostamos é da composição, da forma, da cor, do ritmo, do contraste, ou do(s) modelo(s) propriamente dito(s). As nossas reacções são então simultaneamente curiosas e reveladoras.Quase sempre o senso comum tem uma de duas atitudes perante a representação do corpo humano nu: ou o condena, apodando-o de indecente, ou lhe confere o estatuto de Arte. Esta segunda posição é a que nos interessa; apenas na aparência é mais culta e com frequência mascara ignorância e o receio de a mostrar perante os outros.
As primeiras representações de nus com uma finalidade estética surgiram na Grécia Antiga. É preciso relembrar a grande proximidade, para não dizer coincidência, entre aquilo a que então se chamava Arte e a Religião. A Mitologia grega era composta por figuras antropomórficas, seres perfeitos que o Homem tentava igualar. Esta busca pela perfeição levou à instituição de um verdadeiro culto do corpo de proporções ideais que as esculturas de Fídias, Praxíteles e outros artistas plasmaram no mármore e no bronze. Nunca, desde então, se assistiu a outra representação de um nu com estes propósitos tão "puros" - Arte verdadeira.
Não obstante o nu continuou a preencher uma quota importante das temáticas utilizadas pelos pintores, escultores e, mais recentemente, pelos fotógrafos com todas as implicações trazidas pelo realismo próprio da fotografia. A uns interessa-lhes o jogo formal proporcionado pelas linhas ondulantes dos corpos; a outros o significado.
Porém há uma dimensão da obra de arte que se reveste de um carácter sensual na acepção original do termo, ou seja, a percepção e estimulação dos sentidos. Não há artista que se preze que não deseje fazer vibrar o seu público. E que melhor meio para isso, então, do que o corpo humano nu? Os artistas sabem-no bem, como sabem também que a Arte deve ter sexo... e nexo.
ver mais em: http://blog.uncovering.org/archives/2008/01/porque_ha_tanto.html
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Será?????????????????????????
anA marques. anA
8 comentários:
olá anA
Naõ estás de acordo com o Seven do Obvius?
Eu cá estou!!
Corpos nus=total liberdade
Bj
Olá estimada anAd'arte
Como está tudo fazendo força lá fis o meu regresso (condicionado) para fazer constar umas baboseiras no Despertar Consciências.
Vou voltando quando posso.
Muito obrigada pela atenção.
Quanto aos nus... era isso mesmo que gostaria de fazer aos políticos, desnudá-los. É que eles usam umas roupagens que nos enganam e até existem os que usam pelo de cordeiro mas são lobos ferozes e porcos, sem ofensa para os nobres animais.
Até outro dia anAd'arte
Voltei!!
Corpos femininos são sempre belos . Vestidos ,despidos...
Bom... sempre, sempre não direi!!Rectifico "quase sempre".Vê-se cada pintura, que não lembra a ninguem.Gosto dos teus corpos femininos nas pinturas.Por vezes parecem-me,"sinto" que são auto-retratos.
Um abraço
olá Susana
Bem-vinda.
Há de facto muitos lobos com pele de cordeiro.O mau é conviver com eles.~
BJ
anA
ao Eu
Senti que deveria analizar as m/ pinturinhas com corpos femininos, para ver se sentia o mesmo, mas não... não sinto.
Só com muito boa vontade , alguém me vê retratada.
(Só se for de meados do século passado, e dessa altura já não tenho memória).
Um beijinho
anA
Ah!ah! mas tenho eu...
Olá Ana
Tenho passado por aqui com a regularidade habitual. Como ando completamente desinspirado, não me tenho atrevido a fazer comentários aos seus excelentes trabalhos Não se zangue comigo, tá?
Abraço
O nu tem o fascínio do reflexo, do espelho de cada um. Pela sua organicidade, toca-nos na representação mental do que temos de muito poderoso: o erotismo. Notável este esconço de homem, pouco representado no universo do desenho. Vimos muita representação feminina, talvez devido ao outro lado, ao olhar masculino do pintor. Para bem, venham mais visões da mulher que tão sábiamente e intimamente ajudam o homem a perceber a sua dualidade.
Júlio Pêgo
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