11 de janeiro de 2011

Verdade, amor, razão, merecimento

Parede (paredal) 370x280 cm -
caneta feltro sobre parede - ano 2011

Intervenção na Sala de Estudo dos alunos no CED. D. Maria em Lisboa
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Luís Vaz de Camões (1524/25?-1580) é considerado o maior poeta renascentista português e uma das mais expressivas vozes de nossa língua . Sua biografia, permeada de lendas, nunca pôde ser totalmente reconstituída por falta de documentação. Sabemos que o poeta nasceu pobre e morreu quase miserável, solitário e infeliz. Com pouco mais de vinte anos (1549), perdeu o olho direito em Ceuta (Marrocos), onde servia como soldado raso. Regressando a Lisboa, levou vida boêmia e agitada. Uma briga, em que feriu um servidor do paço, foi causa de sua prisão, em 1552, e de seu desterro para o Oriente em 1553. Durante três anos prestou serviço militar na Índia, seguindo depois para Macau. Nadando com apenas um braço, teria salvado o manuscrito de seu poema épico Os Lusíadas. Em 1569 voltou a Lisboa, onde morreu em 10 de junho de 1580.

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Temas mais abstractos como o do desconcerto do mundo (expresso no soneto «Verdade, Amor, Razão, Merecimento» ou na esparsa «Os bons vi sempre passar/no mundo graves tormentos»), a passagem inexorável do tempo com todas as mudanças implicadas, sempre negativas do ponto de vista pessoal (como observa Camões no soneto «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades»), as considerações de ordem autobiográfica (como nos sonetos «Erros meus, má fortuna, amor ardente» ou «O dia em que eu nasci, moura e pereça», que transmitem a concepção desesperançada, pessimista, da vida própria), são outros temas dominantes da poesia lírica de Camões.
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anA marques, anApintura, palavras,artista plástica

3 comentários:

eu disse...

anA, como conseguiste fazer isto ,é uma parede muito alta?
Está "muita louco". Só tu!
Estás de parabens.

eu disse...

Isto faz-me lembrar um jogo que havia que tinhamos que arrumar as peças umas junto das outras.
Como se chamava?
Está muito giro.
bj

helena nogueira disse...

inspiro, aspiro
e toco o infinito do meu sonho
no céu escrevo a paz
que desenho alicerçada
em futuro promissório
para um todo universal
mas as palavras sem abrigo
caiem por terra
para voltar a nascer
porque não desisto de mim