Poema Triste de Fitun Fuik
Por que calcas meu solo?
Por que matas minha gente?
Meus verdes alcantilados,
minhas azuis montanhas
querem a paz,
a paz que todos queremos.
Minha aldeia sossegada beija os aromas puros das minhas humildes montanhas que
querem a paz, para no silêncio e na paz construir a paz.
Porque tu,
com tanto progresso técnico,
tens inveja daquiloque eu não tenho,
não possuo,
mas quero ser.
Ser como o Senhor me fez,
nascer com a paz,
viver na paz
e dormir sonhando a paz! ...
Quem acredita que eles não matam,
não assassinam!
Quem crê que eles querem construir na guerra,
com o cano das suas armas,
a minha aldeia.
Minha natureza contempla,
em silêncio, suas obras.
As cascatas das águas nascentes
das minhas montanhas levam os males
que eles cometeram,
para assim dar ao mundo,
aos fortes,a honra e a glória!
Eu, no meu silêncio, choro
para que meus choros não ultrajem
a honra dos grandes.
Falo sem nada dizer
para que meus vizinhos me não gritem.
Acredito que a Paz existe para mim,
morrendo! ...
morrendo! ...
......................................Fitun Fuik
2 comentários:
Ao chegar aqui fiquei curioso e vi todas as suas postagens, perfil ,tudo, tudinho
1- Só uma pessoa muito especial se lembraria de escrever o nome assim. anA
2- o seu site é muito bem organizado e coerente.
3 - Está afectivamente ligada a Timor.
4 - As Baías de Dili estão lindíssimas, e as pedras da praia de Timor, giras, muito giras.
5 -Pintar a poesia parece-me outra ideia de mestre. Adorei O Mar Portuguez e o E agora José.
6- Na sua próxima exposição, lá estarei. Quero conhece-la, felicitá-la, falar consigo.
Até breve,fisicamente.Virtualmente, até amanhã..
Respeitosamente.
António
Caro António.
O seu comentário "obriga-me " a responder.
-Muito e muito obrigado.
Até breve e até amanhã.
anA
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