25 de julho de 2009

Cinturas

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Tua matinal cintura
Quando ao deitar te tenho e mereço o teu corpo inteiro compacto de ternura,
Ergo-me, na procura de cada momento, o tempo da loucura.
Durmo noites que não meço, insano, reflexo da lonjura
Onde perdura o mesmo movimento da minha mão na esperança de encontrar, o recorte da tua matinal cintura.
(...)
Os meus dedos prolongam-se na cor alva até ao ângulo recto, precipício da minha cama.
Garimpam, desejosos, o recorte da tua matinal cintura, agradável surpresa diária, bendita chama.
Em vão os olhos despertam, força alguma os salva, cerram-se as pálpebras no seu drama
Há demência em mim, tão visível tão real, nos dedos que não querem ver e no olhar que tacteando reclama.
(...)
je/2006
anA marques, anA, pintura, artista plástica

1 comentário:

jorge vicente disse...

e o corpo O CorPo É no poema!!!