24 de abril de 2008

Canto IV - Lusiadas

Pintura a óleo sobre tela - 90x160 cm - Ano 2002



Canto IV (e-89)

Em tão longo caminho e duvidoso
Por perdidos as gentes nos julgavam,
As mulheres c'um choro piedoso,
Os homens com suspiros que arrancavam.
Mães, esposas, irmãs, que o temeroso
Amor mais desconfia, acrescentavam
A desesperação e frio medo
De já não nos tornar a ver tão cedo.
Luis de Camões

13 de abril de 2008

Nu Masculino

pastel seco sobre papel craft - 20 x14 cm- ano 2002

A nudez sempre foi muito apreciada na Arte. É provável que tal facto fique a dever-se mais ao seu cariz sexual, eco distante da nossa natureza animal, do que a questões estéticas - a beleza. No entanto é inegável que as representações de nus proliferam na Pintura, na Escultura ou na Fotografia. Será que o corpo humano é intrinsecamente belo ou todos nós - artistas incluídos - somos voyeurs compulsivos?

A questão é complexa e foi já por várias vezes aqui abordada. A linha que demarca a arte erótica da pornografia é ténue e a nossa predisposição genética para achar belo o género que nos atrai sexualmente - homem ou mulher - acaba por nos toldar ainda mais o raciocínio e o sentimento. Não sabemos se o que realmente gostamos é da composição, da forma, da cor, do ritmo, do contraste, ou do(s) modelo(s) propriamente dito(s). As nossas reacções são então simultaneamente curiosas e reveladoras.
Quase sempre o senso comum tem uma de duas atitudes perante a representação do corpo humano nu: ou o condena, apodando-o de indecente, ou lhe confere o estatuto de Arte. Esta segunda posição é a que nos interessa; apenas na aparência é mais culta e com frequência mascara ignorância e o receio de a mostrar perante os outros.
As primeiras representações de nus com uma finalidade estética surgiram na Grécia Antiga. É preciso relembrar a grande proximidade, para não dizer coincidência, entre aquilo a que então se chamava Arte e a Religião. A Mitologia grega era composta por figuras antropomórficas, seres perfeitos que o Homem tentava igualar. Esta busca pela perfeição levou à instituição de um verdadeiro culto do corpo de proporções ideais que as esculturas de Fídias, Praxíteles e outros artistas plasmaram no mármore e no bronze. Nunca, desde então, se assistiu a outra representação de um nu com estes propósitos tão "puros" - Arte verdadeira.
Não obstante o nu continuou a preencher uma quota importante das temáticas utilizadas pelos pintores, escultores e, mais recentemente, pelos fotógrafos com todas as implicações trazidas pelo realismo próprio da fotografia. A uns interessa-lhes o jogo formal proporcionado pelas linhas ondulantes dos corpos; a outros o significado.
Porém há uma dimensão da obra de arte que se reveste de um carácter sensual na acepção original do termo, ou seja, a percepção e estimulação dos sentidos. Não há artista que se preze que não deseje fazer vibrar o seu público. E que melhor meio para isso, então, do que o corpo humano nu? Os artistas sabem-no bem, como sabem também que a Arte deve ter sexo... e nexo.

ver mais em: http://blog.uncovering.org/archives/2008/01/porque_ha_tanto.html
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Será?????????????????????????
anA marques. anA

9 de abril de 2008

Liberdade Onde Estás?

Lumocolor sobre tela - 22x15 cm - ano 2004

Liberdade onde estás


Liberdade onde estás? Quem te demora?
Quem faz que o teu influxo em nós não caia
Porque (triste de mim!), porque não raia
Já na esfera de Lísia a tua aurora?

Da santa redenção é vinda a Hora
A esta parte do mundo, que desmaia.
Oh!,venha... Oh!, venha e trémulo descaia
Despotismo feroz, que nos devora!

Eia! Acode ao mortal que, frio e mudo,
Oculta o pátrio amor, torce a vontade,
E em fingir, por temor, empenha estudo.

Movam nossos grilhões tua piedade;
Nosso númen tu és, e glória ,e tudo,
Mãe do génio e prazer, ó Liberdade!

..........................................................Bocage


Esta postagem foi a pensar na Anna Tree do arvore de letras ,que ontem sugeria o meu post sobre a Ericeira. Obrigada Anna.

arvore de letras, anna tree , anA marques, artes plasticas

3 de abril de 2008

Ericeira

Acrilico sobre tela - 18x22 cm - Abril 2008


É o chamamento da natureza.
Sol... Ar... Mar...


(Regresso prometido na próxima semana)