COLAGEM
Técnica das artes visuais e plásticas que permite produzir uma obra de arte recorrendo a vários materiais, geralmente dissemelhantes entre si, reagrupando-os num todo para comunicar um novo sentido. Picasso e Braque foram os primeiros cultores plásticos da colagem, inaugurando uma nova estética da fragmentaridade e da surpresa, explorando todas as possibilidades do cubismo. O material de suporte da colagem, que não se restringe já às artes visuais e plásticas, chegando à literatura, pode incluir: recortes de jornais e revistas, etiquetas, rótulos, bilhetes de espectáculos, receitas várias, etc. Trata-se, pois, de um conceito que necessita da citação e do pastiche. Trata-se, em primeiro lugar, de um acto de reapropriação de elementos preexistentes, mas que, isolados entre si, não formam um sentido. O artista procede à colagem não para recuperar um sentido perdido ou oculto, mas, muitas vezes, para parodiar sentidos esperados ou convencionais. A criação de uma colagem raramente tem como objectivo a restauração ou remediação de um sentido: visa antes a desintegração, a ruptura e o choque visual com os sentidos reconhecidos nos elementos colados.
Embora o recurso a alusões possa ser considerado uma forma de colagem, tão antiga quanto a própria literatura, esta técnica desenvolveu-se em particular no século XX, a partir das experiências cubistas, futuristas, dadaístas, surrealistas, e de todas as formas experimentais de arte, incluindo a literatura. Alguns textos exemplares da literatura modernista exploraram esta possibilidade criativa, por exemplo, Ulisses, de James Joyce, The Waste Land, de T. S. Eliot ou Cantos, de Ezara Pound; Apollinaire e Saint-John Perse recriaram-se com colagens dos seus próprios textos; Robert Francis também nos deu um bom exemplo de colagem literária no seu “Silent Poem”, onde agrupa palavras com forte sonoridade e grande impacte visual. Na literatura portuguesa, podemos ilustrar a técnica da colagem com o poema de Almada Negreiros «Mima-Fatáxa - Sinfonia Cosmopolita e Apologia do Triângulo Feminino». Trata-se de um texto declaradamente futurista, apoiado por um grafismo de vanguarda e que, provocadoramente, escolhe para tema os amores homossexuais de uma bailarina que Almada conhecera em Paris e cujo nome é uma colagem de estrelas parisienses:
Técnica das artes visuais e plásticas que permite produzir uma obra de arte recorrendo a vários materiais, geralmente dissemelhantes entre si, reagrupando-os num todo para comunicar um novo sentido. Picasso e Braque foram os primeiros cultores plásticos da colagem, inaugurando uma nova estética da fragmentaridade e da surpresa, explorando todas as possibilidades do cubismo. O material de suporte da colagem, que não se restringe já às artes visuais e plásticas, chegando à literatura, pode incluir: recortes de jornais e revistas, etiquetas, rótulos, bilhetes de espectáculos, receitas várias, etc. Trata-se, pois, de um conceito que necessita da citação e do pastiche. Trata-se, em primeiro lugar, de um acto de reapropriação de elementos preexistentes, mas que, isolados entre si, não formam um sentido. O artista procede à colagem não para recuperar um sentido perdido ou oculto, mas, muitas vezes, para parodiar sentidos esperados ou convencionais. A criação de uma colagem raramente tem como objectivo a restauração ou remediação de um sentido: visa antes a desintegração, a ruptura e o choque visual com os sentidos reconhecidos nos elementos colados.
Embora o recurso a alusões possa ser considerado uma forma de colagem, tão antiga quanto a própria literatura, esta técnica desenvolveu-se em particular no século XX, a partir das experiências cubistas, futuristas, dadaístas, surrealistas, e de todas as formas experimentais de arte, incluindo a literatura. Alguns textos exemplares da literatura modernista exploraram esta possibilidade criativa, por exemplo, Ulisses, de James Joyce, The Waste Land, de T. S. Eliot ou Cantos, de Ezara Pound; Apollinaire e Saint-John Perse recriaram-se com colagens dos seus próprios textos; Robert Francis também nos deu um bom exemplo de colagem literária no seu “Silent Poem”, onde agrupa palavras com forte sonoridade e grande impacte visual. Na literatura portuguesa, podemos ilustrar a técnica da colagem com o poema de Almada Negreiros «Mima-Fatáxa - Sinfonia Cosmopolita e Apologia do Triângulo Feminino». Trata-se de um texto declaradamente futurista, apoiado por um grafismo de vanguarda e que, provocadoramente, escolhe para tema os amores homossexuais de uma bailarina que Almada conhecera em Paris e cujo nome é uma colagem de estrelas parisienses:
Texto de Carlos Ceia
anA , anA marques , blog anA marques
4 comentários:
olá, anA
Sempre que aqui venho, aprendo alguma coisa.Que bom estares por cá!!
Um beijo
Continuarei por cá
Um beijinho
anA
Olá amiga
Passei por cá para desejar um bom fim de semana.
Beijinhos
Paula
olá anA
Estás em alta.com tantas exposições.
Exposição sobre Camilo Pessanha com a associação Vanceslau de Moraes,com a Joker Art Gallery.em Fitares.
Vou ver se consigo ir a todas e levar o pessoal.
Boa, amiga!!!. Força é o que não te falta.
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