30 de março de 2012

Poesia de Maria Teresa Horta "Morrer de Amor"




 Série poetas(homenagem a Maria Teresa Horta)
Óleo sobre tela -60x100 - Novembro de 2002
Manuscrito por Maria Teresa Horta.

Ler entrevista no link:
Diante da sua nova antologia de poesia erótica, As Palavras do Corpo, Maria Teresa Horta recapitula uma vida inteira de risco e de exposição, de leitura e de escrita: “Para mim, escrever é voo e sobressalto, incêndio e desmesura”


Entrevista a Helena Vasconcelos no Ipsilon que me fez relembrar algumas das situações contadas por Maria Teresa quando tive o prazer de estar na sua casa a 6 de  Novembro de 2002 , a seu convite.
Estou grata pela colaboração neste meu trabalho, já exposto em diversos espaços culturais com a temática "Poesia de autores portugueses"
Um grande OBRIGADA.
anA

28 de março de 2012

A Gravata


Fita magnética tricotada com som contínuo do autor(Tom Zé) a cantar
150X 35cm - ano 2010.
Trabalho feito com base no trabalho discográfico do Tom Zé




A GRAVATATom Zé
Composição: (Tom Zé)


A gravata já me laçou
a gravata já me enforcou
amém
A gravata já me laçou
a gravata já me enforcou
amem

Um cidadão sem a gravata
é a pior degradação
é uma coroa de lata
é um grande palavrão
é uma dama sem pudor
estripitise moral
é falta de documento
é como sopa sem sal

Tem a gravata borboleta
com o bico inclinado
tem a gravata caubói
com o rabinho duplicado

Tem a gravata de laço
que desce do colarinho
molenga como uma tripa
que se deita na barriga

Ela é a forca portátil
mais fácil de manejar
moderna, bem colorida,
para a vítima se alegrar
é um processo freudiano
para a autopunição
com o laço no pescoço
e a fé no coração.