31 de agosto de 2010

Questionarte

Lançamento do livro.
Novotel
Av José Malhoa- Lisboa
16 de Setembro 2010

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Capa..................................................................Contracapa

Excerto do texto do livro Questionarte
(...)
Por tudo o que foi escrito antes, em relação ao que irão ver adiante pouco importa quem é o autor, que formação tem, qual o seu curriculum, qual o seu nível de reconhecimento ou o respectivo estatuto social. Aqui não existe essa discriminação, pois importa entender que tais critérios de fama não são sinónimos de arte, mas da influência imposta pelo mercado da arte. Aqui são proporcionadas ao observador condições de isenção tais que, o colocam perante a reprodução do trabalho artístico como se de uma exposição se tratasse. Isto para que possa ser proferido um juízo de gosto estético (positivo ou negativo), despolarizado e aplicado unicamente ao grafismo da obra. Nessa relação interna o sujeito questionará e questionar-se-á perante o que está diante de si. Essa é a essência da arte - porque essa é a essência da nossa vida.

Quando estamos perante a generosa presença de uma imagem a atenção nada mais tem para ‘ler’ e (con)centra-se nesse motivo, para só depois vir a satisfazer a curiosidade complementar pela leitura dos dados da ficha técnica. Não é o caso que - por isso - aqui se aplique a máxima oriental «…Uma imagem vale mais que mil palavras…», pois - para além dos hábitos mediáticos - imagens e palavras são registos muito diferentes entre si, os quais requerem a aplicação de diferentes formas de cognição. Assim o observador será obrigado a distanciar-se do predomínio da razão que advém da influência da escrita alfabética, pois a arte não tem que ser entendida nem explicada (como se fosse uma escrita alfabética), mas tão só partilhada com o próximo como sendo a mais abstracta geratriz de sensação. Cabe a cada um senti-la à sua maneira. Nesta estética (consciência do sentir - no meu entender) as imagens estão libertas do preconceito, porque se é uma clara evidência que a partir do momento em que o artista acaba o seu trabalho a obra ganha autonomia, então aqui a obra é apresentada como emancipada.

Esta publicação assume assim uma atitude purista e alternativa. Purista porque apresenta a imagem – na sua pureza e ipseidade. Alternativa porque (propõe uma outra postura) “alter” + “nativa” (relativa à nossa terra natal), levando a deduzir que alternativa é (neste caso) a exteriorização de um desejo de querer o melhor possível para a realidade artística.

.....................................................................José Neto 2010

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anA marques, pintura, artista plástica, anA

27 de agosto de 2010

Mancha I

Mancha (preto, azul e magenta) - 25x25 - 2010


Pintura é mancha, e a mancha pode ter forma ou não.
anA marques, anA ,pintura, artista plástica.

20 de agosto de 2010

Figura IV


Tecnica mista sobre madeira( acrílico e folha de ouro) - o6/2005 - 60x130 cm
anA, anA marques, pintura, artista plástica, tranquilidade, repouso,serenidade.

10 de agosto de 2010

Paisagem Colorida

Fotografia - nikonD300 - 2010



Ainda há paisagens assim.
Ainda temos campos destes, para caminhadas revigorantes ao amanhecer ou ao fim do dia.

2 de agosto de 2010

Paisagem Negra

Fotografia - Julho 2010 - Nikon D300

Fogos, será destino?


Apesar de alguma aparente evolução, quando chegam os primeiros dias de calor a sério surgem os fogos, sempre.
Todos os anos somos informados de melhorias nos dispositivos de prevenção e combate, no aumento de meios à disposição, etc. Entretanto, quando a comunicação social, de forma frequentemente desajeitada, começa a mostrar o "terreno", o "cenário dantesco", a ouvir "moradores que passaram uma noite em branco", a ouvir o "senhor comandante dos bombeiros", a referir os "meio aéreos, dois Canadairs e um Kamov", a ouvir os "responsáveis locais ou regionais da protecção civil", parece um filme sempre visto e sem surpresas.
É evidente que temperaturas muito altas e vento são condições desfavoráveis e que a negligência e delinquência dão um contributo fortíssimo ao inferno que sobressalta cada Verão.
Sem nenhuma espécie de conhecimento destas matérias, para além do interesse e preocupação de um cidadão atento, tenho alguma dificuldade, considerando a dimensão do nosso país, em compreender a inevitabilidade destes cenários. Os espanhóis têm por costume afirmar que os incêndios se combatem no inverno, nós combatemo-los no inferno.
Trata-se de um destino que não pode ser evitado? Trata-se de uma área de negócios, a fileira do fogo, que, pelos muitos milhões que envolve, importa manter e fazer funcionar sazonalmente? Trata-se "só" de incompetência na decisão política em termos de resposta e prevenção? Trata-se da falência de modelos de desenvolvimento facilitadores de desertificação e abandono, designadamente das área rurais?
Acresce que em Portugal passamos o ano todo a apagar fogos de diferentes naturezas e implicações.


Texto do Zé Morgado no Atenta Inquietude